O QUE ACHAMOS DE :: ROUND 6

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Vale tudo por uma boa quantia de dinheiro? A junção da formula de sucesso, crítica social e uma produção impecável fizeram que Round 6 se torna-se o mais novo sucesso da Netflix.

Na trama, Gi-hun é um cara que está passando por um momento nada fácil em sua vida. Sem nenhum dinheiro, deve para agiotas, talvez nunca mais irá ver sua filha e ainda possui um vicio em apostas em corrida de cavalos. Até que recebe uma proposta para participar de uma competição de jogos infantis onde o vencedor irá levar uma quantia astronômica de dinheiro como prêmio. Claro que ele não recusa a oportunidade.

Chegando ao local misterioso, conhece mais de 400 pessoas que se encontram na mesma situação que ele. Cada um com sua história, todos buscam levar o dinheiro. O que eles não sabiam é que cada centavo pode literalmente valer suas vidas.

Os fatores que fazem sucesso em uma produção de streaming estão todos ali: personagens com tempo de tela suficiente para construir suas histórias e fazer com que sentimos afeição por eles; vilões que amamos odiar e necessário para o desenvolvimento; figurinos e referencias para a criação de memes e cosplays interessante; e claro reviravoltas a todo o momento para nos deixar apreensivos e ligados afim de sentir a necessidade de maratonar todos os episódios e fugir de todos os spoilers possíveis.

Ao mesmo tempo em que a serie nos leva a uma situação que poderia ser utópica, não é.  Hwang Dong-hyuk, roteirista da série, escreveu justamente no momento em que passava por dificuldades financeiras. Por isso, nos identificamos com os personagens por seus problemas reais e nos revoltamos com a diversão dos ricos assistindo ao “show”. A crítica social implícita e suave é um prato cheio para que seja colocado o tema da desigualdade em discussão.

Outro ponto forte é sua produção. Interessante ver os diversos vídeos espalhados pelo Youtube após assistir os episódios da série que nos mostra detalhes que não percebemos desde o início. Como por exemplo o vício do personagem principal em corrida de cavalos é referenciado na prova em que os jogadores precisam pular em plataformas de vidro e são vistos como peões de cavalos. Ou no momento em que o policial visita o quarto do irmão e os livros na estante trazem pinturas iguais ao que vemos no campo de jogos. Tudo ali é pensado e muito bem planejado.

Falando no policial, nem tudo é perfeito. A trama em que envolve o personagem e sua investigação em nada acrescenta na história. O mesmo acontece com a retirada dos órgãos para venda. Dois pontos que poderiam ser interessantes se melhor trabalhados, porém não fariam falta se ali não estivesse.

No geral, é compreensível e merecido o sucesso em que vem fazendo em todo o mundo. Diverte, entretém, emociona, prende a atenção… mistura de sentimentos que vicia e faz querer mais. E mais ainda, nos deixa ansiosos pela segunda temporada.

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