O QUE ACHAMOS DE :: Hebe – A Estrela do Brasil

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Nós brasileiros, sejamos jovem, adulto ou mais velho, com certeza assistimos muito ou já ouvimos falar de Hebe Camargo, um dos maiores ícones femininos da televisão.

Seja por seu carisma, sua simpatia, suas polêmicas ou jeito único e elegante de se vestir, essa mulher marcou não só uma geração como fez e ainda faz história em nossas lembranças.

O diretor Maurício Farias ousa e acerta ao trazer uma biografia fora dos padrões. Ao invés de tentar narrar toda a vida num curto tempo de longa e ter grandes chances de falhar, ele evita essa armadilha e traz apenas um pedaço da trajetória da apresentadora, entre os anos de 1985 e 1986.

Um acerto da produção foi focar em um espectro menor. Não foi abordada toda a carreira da apresentadora, mas sim sua reta final na TV Bandeirantes e os primeiros anos dentro do SBT. Esse foi o ponto alto.

Isso ao mesmo tempo em que se debatia se a censura havia ou não acabado no Brasil. No meio disso tudo estava à apresentadora, sempre desbocada e sem papas na língua; apresentando a realidade de uma sociedade e tomando posições fortes na época (ao lado dos homossexuais e falando sobre AIDS).

Andrea Beltrão é uma atriz competente que impressiona com sua atuação interna e corporal que mesmo não parecendo tão fisicamente com Hebe, consegue trazer ela para a tela com uma performance glamourosa, elegante, divertida e expressiva, se revezando entre seu jeito “esculachado” e também seu jeito sensível. Sempre com muita postura e pronta para encarar qualquer um a seu caminho, não abrindo mão de suas vontades e exigências.

Personagens muito conhecidos são introduzidos como Silvio Santos, Chacrinha, Nair Belo, Dercy Gonçalves, Pepita Rodrigues e o rei Roberto Carlos, que auxiliam em moldar as nuances da apresentadora e na tarefa de recriar um instante particular da história brasileira que, vejam só, era bastante parecida com o que vivemos hoje.

Mas obviamente que algumas falhas estão presentes, muitos momentos faltaram ser mais aprofundados como os aspectos políticos de Hebe como Maluf, o apoio ao tratamento da AIDS, sua “rivalidade” com a Rede Globo e o surgimento do selinho, sua marca registrada. Mas tudo isso está a ser resolvido na prometida série prevista para o início do ano que vem.

No geral, a biografia consegue fazer o que foi proposto, contar apenas um dos capítulos de sua carreira, apesar de deixar um gostinho de quero mais. Mas conseguiu nos divertir e emocionar, mostrando mais uma vez o porque de Hebe nos conquistar tanto. Ela é uma “gracinha!”.

*Crítica produzida pelos parceiros do @cinemadehoje. Sigam no Instagram!

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