Os termos são até considerados comuns, mas você sabe como aplicar os flashbacks e flashfowards em uma narrativa?
Vamos começar pelo mais popular: O flashback é o recurso utilizado para voltar ao passado, ou seja, contar algo que aconteceu antes daquilo que estamos vendo em tela. Apesar de popular, é preciso ter muito cuidado na hora de utilizar um flashback para que ele empobreça a obra.
A “regra” mais importante para o uso desse recurso foi descrita no livro The Screenwriter Bible, escrito por David Trottier é: Não conte ao leitor sobre o passado até que ele se importe com o presente”. Flashback bem feito não é aquele que somente explica alguma coisa, mas aquele que também move a trama, apresentando novos elementos e desenvolvendo o enredo.
Forrest Gump é um filme construído por flashbacks que mostram como as relações e os personagens evoluem através do tempo. |
Já o flashfoward é exatamente o oposto: é um recurso que apresenta algum elemento futuro, ou seja, que ainda está por vir na trama. Praticamente um mini spoiler, se fomos colocar em termos simples! Mas não se preocupe, os flashfowards são usados principalmente para instigar o espectador, nos deixar mais curiosos. Ou até mesmo, para nos confundir e surpreender.
O interessante desses recursos de roteiro, é que eles podem transformar completamente um filme ou uma série ao quebrar a sua linearidade. Deixando assim, a obra mais rica. Por exemplo, o filme Cidade de Deus traz um flashfoward seguido de um flashback: O início do filme é o seu fim, somos apresentados primeiros para a versão adulta do personagem Busca-pé, que volta a sua infância para seguir com a história.