Polêmico desde o seu começo, Han Solo – Uma História Star Wars chegou aos cinemas na última quinta-feira. Com direção de Ron Howard, o filme é centrado na juventude do personagem clássico.
Para tirar logo o AT-AT do meio da sala: Não, o filme não é uma bomba.
Com um ritmo frenético e cheio de cenas de ação, o filme consegue empolgar logo no começo. Com um visual empoeirado, o começo da flerta mais uma vez em mostrar os efeitos da guerra em “terra firme”, assim como Rogue One. A maior diferença entre os dois, no entanto, é que Rogue One conseguia inspirar mais originalidade. Solo é “refém” de sua própria saga, se preocupando em ligar tanto sua trama as histórias que Han conta para Luke e Leia, que seu roteiro se prende muito em responder perguntas para respostas que, na verdade, ninguém se importava tanto assim.
A nostalgia, no entanto, vale por descobrirmos que nós acabamos sentindo saudade dos personagens mais do que imaginávamos. A (difícil) missão de viver Han após Harrison Ford cabe a Alden Ehrenreich, que consegue misturar os trejeitos antigos com uma jornada de amadurecimento própria. A evolução do menino que tinha um sonho, ao Han que atirou primeiro faz jus ao legado do personagem.
O resto do elenco também cumpre o que promete, Donald Glover dá vida a um charmoso Lando, mas os maiores desafios ficam para Woody Harrelson e Emília Clarke, que afinal são os personagens que não conhecíamos e precisam ter o seu desenvolvimento todo aqui. Surpreendentemente, o longa é um tanto mais sério do que o esperado, os alívios cômicos ficam a conta da droíde L3 e também do humor irônico e debochado do protagonista.
A trilha sonora bebe muito na sua colaboração com John Willians, mas John Powell consegue trazer algumas nuances novas, como o tema da que segue Enfys Nest. O que resume bem o filme, ele bebe muito em boas fontes, mas tem dificuldade em encontrar seu próprio percurso.
Sem arriscar muito, Solo – Uma História Star Wars é um filme morno, que mesmo sem inovar consegue proporcionar diversão ao seu público e consegue arrancar um sorriso no rosto ao seu final.