O QUE ACHAMOS DE :: Moonlight – Sob a Luz do Luar

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Moonlight – Sob a luz do luar é um dos nomes fortes na temporada de premiações americana. Dirigido e escrito por Barry Jenkis, o drama narra o autoconhecimento de Chiron, acompanhando desde a juventude até a vida adulta do personagem, abordando temos como racismo, homofobia e o vício em drogas.

Dividido em três partes, cada uma reservada a uma parte distinta da vida do seu protagonista, Moonlight começa apresentando a versão criança de Chiron, através do ator mirim Alex Hibbert nos somos apresentados aos problemas de relacionamento do garoto, tanto com o bullying que sofre na escola, quanto o fato de ter que lidar com a mãe viciada em drogas, traumas que geraram consequências até sua vida adulta. Aqui também é onde teremos a participação de Mahershala Ali como Juan,ator que venceu o Globo de Ouro de melhor ator coadjuvante e recebeu uma indicação ao Oscar na mesma categoria por esse papel, Juan junto com a sua esposa Teresa (Janelle Monáe) são as figuras que mais se aproximam de um elo familiar.

E o primeiro ponto que iremos elogiara qui é justamente o elenco escolhido, não só pelo destaque que os competentes atores coadjuvantes vem recebendo na temporada de premiação (Além de Ali e Monáe, também temos a incrível Naomie Harris como a mãe) mas também os três atores que encarnam o personagem principal: Além de Hippert, também vemos Asthon Sanders como a versão adolescente e Trevante Rhodes como a adulta, É impressionante como os três conseguem passar o mesmo olhar triste e acuado, trabalhando um interpretação que tem de se manter firme na sutileza dos atos, já que o protagonista não tem muitas falas. A forma como todos eles se assemelham em passar a introspectividade, timidez e o medo é formidável. Pessoalmente, minha passagem e atuações favoritas são a da adolescência, onde Sanders encarna toda a duvida que cerca a descoberta da sexualidade e a revolta por se sentir fora de lugar no meio dos outros jovens.

Mas o maior destaque para Moonlight é, na verdade, a sua qualidade técnica. Barry Jenkis soube reunir um time formidável para realizar esse filme, o trabalho de fotografia aqui é sensacional. A cena em que Paula, a personagem de Naomi Harris, grita com o seu filho é impossível de descrever. Envolta em cores quentes, que vão se dissipando até se tornarem neutras e frias. Também há momentos onde a lente embaça, transformando tudo em uma bagunça que parece estranhamente organizada nos nossos olhos. É um trabalho lindo.

Concluindo: Moonlight é uma obra de arte, com belos diálogos, uma fotografia meio experimental que pode até não agradar a todos, mas que com certeza revigora a forma de se fazer cinema.

Nota: 9,5/10

Clique aqui para ver o trailer do filme

Naomie Harris como Paula.
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